SOBRE PEDRA
PRETA
FATOS DESCRITOS EM 1955 NO LIVRO DE HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO
NORTE DE CÂMARA CASCUDO E CRIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO NORTE DO
HISTORIADOR NESTOR LIMA.
Compilado por Elias Estevam Pimentel Damasceno.
DISTRITO DE PEDRA PRETA
Nome de propriedade rural.
A população adensou-se provocada pelos trabalhos da Construção da
Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte, hoje Sampaio Correia,
engenheiro que construiu a mesma, inaugurando-se a estação local de Pedra Preta
em 14-11-1913.
Distrito pelo Decreto-lei n° 603, de 31-10 1938.
ORIGEM PROVÁVEL DO NOME
DE PEDRA PRETA
ITAÚ – nome de um chefe dos indígenas Paiacus, século XVIII, cuja
aldeia era o local que lhe herdou a denominação, Itá-u, que quer dizer PEDRA
PRETA ou também de Itá-u, do verbo comer, significando o come ferro, o manja
ferro.
Hans Staden cita um chefe Tupinambá com o mesmo nome.
MUNICÍPIO QUE PEDRA
PRETA ERA DISTRITO
Itaretama (Abundâncias de pedras, Itaretama, hoje Lages).
POVOADO
“Pedra Preta” é um
povoado florescente, a margem da Estrada de Ferro Central, a 25 quilômetros de
Lages e a 123,932 quilômetros de Natal, com uma altitude de 161,360 metros
sobre o nível do mar.
Tem Capela de São Francisco de Assis, Escola Rudimentar [decr.
153 de 19 de setembro de 1921], agora é Escola Isolada Estadual em prédio
próprio inaugurado a 1° de janeiro de 1935, seis casas de residência, três
estabelecimentos comerciais, feira aos sábados e ao redor, grandes culturas de
algodão e fazenda de criação de gados.
FAZENDAS
Pageú; fazia parte da data de sesmarias de
Rodrigues Alves Correia, em 1736. No século seguinte pertenceu ao Capitão João
Damasceno Bezerra e posteriormente, ao seu filho, o Coronel Francisco Damasceno
Bezerra. Hoje é fazenda de Antônio Pinto e filhos.
Olho D água do Capim; em fins de século XIX, e início do
seguinte pertencia ao Capitão João Damasceno Bezerra. É uma comunidade com
aproximadamente trinta residências, no município de Pedra Preta e divisa com
Jandaíra.
Mororó; que foi de dona Honorina de Souza
Barros. Hoje é de Nelson Paiva.
Camaleão Cotó; foi do Capitão João Damasceno
Bezerra, herdada por seu filho Manoel Damasceno Bezerra. Hoje é dos herdeiros
de Arcênio Pimentel Damasceno.
Capoeira; foi do Capitão João Damasceno Bezerra
e de seu filho Manoel Damasceno Bezerra. Hoje é dos herdeiros de Osvaldo
Santiago da Câmara.
Boa Esperança; foi do Capitão João Damasceno Bezerra
e do seu filho Francisco Damasceno Bezerra.
Hoje é dos herdeiros de Ari Pacheco.
Serra do Lombo; do Capitão João Damasceno Bezerra.
Hoje pertence a diversos, formam comunidades atualmente em território dos
municípios de Lages e Pedra Preta.
CIMITÉRIO
O Capitão João
Damasceno Bezerra participou da comissão que construiu o Cemitério.
ADMINISTRADOR
Francisco Damasceno Bezerra, de 1908 a 1910, reeleito para o
período, 1911 a 1913.
O ESCRAVO
Na segunda metade do século XIX, os escravos estavam
concentrados nas fazendas, dentre as quais, Pageú, do Capitão João Damasceno
Bezerra.
A RIQUEZA
No sertão, no século XIX, as riquezas que surgiam das
criações eram largamente ampliadas com o cultivo do algodão. Nesta região, em
meados daquele século, cultivando algodão, milho, feijão, beneficiando a cêra e
a palha de carnaúba, criando gado e minhunças, fazia parte, o Capitão João
Damasceno Bezerra e Luiza Francisca Bezerra nas fazendas Boa Esperança e Pageú.
O Capitão João Damasceno Bezerra nasceu em 1817 e faleceu em
1889.
Enviado via e-mail por: Elias Estevam Damasceno
Nenhum comentário:
Postar um comentário